quarta-feira, 12 de agosto de 2009

DE VOLTA AO PASSADO


  • Avenida Getúlio Vargas - 1915


  • Jardins da Praça da Liberdade,o Coreto e Palácio - 1910


  • Monumento a Civilidade Mineira e atrás,Córrego do Acaba-Mundo
  • Fotos: Arquivo Público Mineiro

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Tempos do Curral de El-Rey


  • Parte da Maquete do Curral de El-Rey

Aos poucos, o Curral El-Rei foi crescendo e modou-se um pouco a escrita do nome: Curral de El-Rey para Curral del Rei, apoiado na pequena lavoura, na criação e comercialização de gado e na fabricação de farinha. Algumas poucas fábricas, ainda primitivas, instalaram-se pela região: produzia-se algodão, fundia-se ferro e bronze. Das pedreiras, extraía-se granito e calcário. Frutas e madeiras eram vendidas para outros locais.
Com a decadência da mineração, o arraial se expandiu. Das 30 ou 40 famílias existentes no início, saltou para a marca de 18 mil habitantes. Elevado à condição de Freguesia, mas ainda subordinado a Sabará, o Curral del Rei englobava as regiões de Sete Lagoas, Contagem, Santa Quitéria (Esmeraldas), Buritis, Capela Nova do Betim, Piedade do Paraopeba, Brumado Itatiaiuçu, Morro de Mateus Leme, Neves, Aranha e Rio Manso. Vieram as primeiras escolas, o comércio se desenvolveu. No centro do arraial, os devotos ergueram a Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem.
Esse ciclo de prosperidade, contudo, pouco durou. As diversas regiões que constituíram o arraial foram se tornando autônomas, separando-se dele. A população rapidamente diminuiu e a economia local entrou em decadência. Já no final do século passado, restavam mais de 4 mil habitantes. Sua rotina era simples e monótona. Começava cedo, no trabalho de casa ou na lavoura, e terminava às dezenove horas, quando muitos já começavam a se recolher. Durante o dia, a Farmácia Abreu era o ponto de encontro preferido para o bate-papo, à noite, as mulheres faziam novenas, enquanto os homens improvisavam um botequim no Armazém Esperança. De vez em quando, uma serenata fazia as janelas se abrirem. Apenas nos fins-de-semana o arraial ganhava vida, quando os moradores das redondezas vinham ouvir a missa ou visitar parentes e fazer compras. Em datas especiais, o arraial tornava-se mais alegre: nas Festas Juninas, no Natal ou no Dia da Padroeira os festejos eram certos.
A Proclamação da República, em 1889, vem trazer aos curralenses a esperança de transformações. Para entrar na era que então se anunciava, deixando para trás o passado monárquico, aos sócios do Clube Republicano do arraial propuseram a mudança de seu nome para Belo Horizonte. Foi nesse clima de euforia que os horizontinos receberam a notícia da nova construção da nova capital. Durante três dias o arraial se pôs em festa, com missa solene, discursos, bandas de música e bailes. Há muito, seus habitantes já sonhavam com modernização e o progresso que a capital traria para a região. E Nem imaginavam que, nos planos dos construtores, não havia espaço reservado para eles.
  • Fonte: http://geocities.com/joaonepomucenodefaria/
  • Foto: Arquivo Público Mineiro

  • Antigo Hospital São Sebastião no Barro Preto

  • Igreja São José,Rua Espírito Santo,Tamoios e atrás Rio de Janeiro.


  • Praça Raul Soares,Av.Amazonas,Mercado Central,Rua Santa Catarina,Goitacazes,e atrás Av.Augusto de Lima.
  • Fotos: José Góes e Arquivo Público Mineiro
  • Canal do Rio Arrudas
  • Praça Rio Branco,Rio Arrudas e Praça da Estação ao fundo
  • Avenida Afonso Pena,o Cine Brasil,olha só o Bonde que lindo e um Ford Bigode ao lado

  • Avenida Afonso Pena - Anos 30
  • Fotos: Arquivo Público Mineiro
  • Pirulito da Praça Sete de Setembro


  • Vista aérea da Praça da Liberdade
  • Rua da Bahia
  • Fotos: Arquivo de José Góes exceto a do Pirulito da Praça Sete de Setembro
  • Rua do Capão - Antigo Curral de El-Rey
  • Foto: Arquivo Público Mineiro

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

FOTOS DA ANTIGA BELO HORIZONTE

  • Praça Diogo de Vasconcelos - Anos 20
  • Avenida Cristóvão Colombo - Anos 20 e ao fundo a Serra do Curral intacta
  • Praça Raul Soares nos anos 20
  • Avenida Afonso Pena
  • Avenida Santos Dumont - Antiga Rua do Comércio
  • Inauguração de Belo Horizonte
  • Fotos: José Góes e Arquivo Público Mineiro

FICHA DE AFONSO PENA

Afonso Pena: 1847 - 1909

Nome completo: Afonso Augusto Moreira Pena
Data de Nascimento: 30 de novembro de 1847
Local de Nascimento: Santa Bárbara (MG)
Data da Morte: 14 de junho de 1909
Local da Morte: Rio de Janeiro (RJ)
Primeira-dama: Maria Guilhermina de Oliveira
Partido: Político: PRM
Profissão: Advogado

Mandato de Afonso Pena:

Início do mandato: 15 de novembro de 1906
Fim do mandato: 14 de junho de 1909
Tempo de Mandato: 2 anos e 7 meses
Precedido por: Rodrigues Alves
Sucedido por: Nilo Peçanha
Votos recebidos: 288.285 (duzentos e oitenta e oito mil e duzentos e oitenta e cinco)
Idade ao assumir: 59 anos
Tipo de eleição: Direta
Posse: em 15.11.1906, em sessão solene do Congresso Nacional, presidida pelo Senhor Rui Barbosa.
Observação: Faleceu em 14.06.1909, sendo substituído pelo Vice-Presidente.

Vice-Presidente: Nilo Peçanha
Votos recebidos do vice-presidente: 272.529 (duzentos e setenta e dois mil e quinhentos e vinte e nove)
Posse do vice-presidente: em 15.11.1906, em sessão solene do Congresso Nacional, presidida pelo Senhor Rui Barbosa
Observação: Exerceu a Presidência como Vice-Presidente por falecimento do titular, a partir de 14.06.1909.

Ministros de Estado de Afonso Pena:
Ministério da Justiça e Negócios Interiores:
• Augusto Tavares de Lyra - 15.11.1906 a 14.06.1909

Ministério da Marinha:
• Alexandrino Faria de Alencar, Contra-Almirante - 15.11.1906 a 14.06.1909

Ministério da Guerra:
• Hermes Rodrigues da Fonseca, Marechal - 15.11.1906 a 27.05.1909
• João Pedro Xavier Câmara, Marechal (Interino)
• Luís Mendes de Morais, General-de-Divisão - 27.05.1908 a 14.06.1909

Ministério das Relações Exteriores:
• José Maria da Silva Paranhos (Barão do Rio Branco) - 15.11.1906 a 14.06.1909

Ministério da Fazenda:
• David Moretzsohn Campista - 15.11.1906 a 14.06.1909

Ministério da Indústria,Viação e Obras Públicas:
• Miguel Calmon Du Pin e Almeida - 15.11.1906 a 29.12.1906

Titulares de Órgãos de Assessoramento de Afonso Pena:

Secretaria da Presidência da República:
• Francisco de Paula Rodrigues Alves Filho - 15.11.1906 a 08.12.1906
• Edmundo da Veiga - 08.12.1906 a 14.06.1909

Consultoria Geral da República:
• Tristão De Alencar Araripe Júnior - 15.11.1906 a 14.06.1909

AFONSO AUGUSTO MOREIRA PENA


  • Afonso Augusto Moreira Pena - 1847 - 1909
Defensor da legalidade, Afonso Pena renunciou ao mandato de deputado, em protesto contra a dissolução do Congresso Nacional pelo marechal Deodoro da Fonseca. Afonso Augusto nasceu
em Santa Bárbara - Minas Gerais, em 30 de novembro de 1847. Fez o curso secundário no Colégio Caraça, dos padres lazaristas, em Minas Gerais. Bacharelou-se pela Faculdade
de Direito em São Paulo,em 1870,onde foi colega de Rodrigues Alves, Rui Barbosa, e Castro Alves. Em seguida doutourou-se à magistratura,logo abandonada em favor da carreira política.Foi deputado e elegueu-se quatro vêzes deputado geral,de 1878 a 1889,pelo partido liberal.Durante o govêrno liberal, a partir de 1878,foi ministro da guerra, da agricultura e da justiça.Aceitando a república e desejoso de ser restaurada a ordem civil,tomou parte na Assembléia Constituinte mineira e foi relator da contituição estadual.Assim começou a sua aproximação com o grupo republicano. Com o afastamento de Cesário Alvim da presidência
de Minas Gerais, foi eleito para complementar seu mandato. A sede do govêrno era Ouro
Preto e coube a Afonso Pena resolver o problema da transferência da capital. O congresso escolheu Curral de El-Rey, onde em 1814 teve início a construção da nova capital Belo
Horizonte.
Afonso Pena, fundou a Faculdade de Direito de Minas Gerais,onde foi professor mesmo durante o período em que governou a província. Ocupou a presidência do Banco do Brasil, no mandato da Prudente de Morais,e, a presidência do conselho deliberativo de Belo Horizonte, cargo correspondente a prefeito.
Apoiou Floriano Peixoto por ocasião da guerra civil, o que foi importante para a continuidade
do governo federal,mas deixou bem claro ao vice-presidente que a realização de eleições
normais era imperiosa.Essa atitude,prudente mas firme, contribuiu decisivamente para que república retomasse à normalidade constitucional. Com a morte de Francisco Silviano de
Almeida Brandão,eleito mas não impossado,elegeu-se vice-presidente da república no quatriênio 1902 - 1906.Em 1905, na sucessão de Rodrigues Alves, foi escolhido candidato à presidência da República,com Nilo Peçanha, e elegeu-se sem opositor.
Escolheu seu ministério e logo fez uma viagem de quatro meses por todos os estados litorâneos brasileiros, para ouvir diretamente os govêrnos locais e a opinião pública,
Afonso Pena afirmou sua autoridade de chefe com um govêrno essencialmente presidencialista e deu toda ênfase às questões econômicas. Cuidou do povoamento da terra,com a imigração em massa, incentivou a indústria, de que a Exposição Nacional de 1908 é a prova significativa; e reformou o sistema monetário , por intermédio da Caixa de Conversão,que passou a receber toda moeda estrangeira de curso legal (marcos,libras esterlinas,liras,dólares e francos). Suas prioridades foram sanear e colonizar. Realizou muitos empreendimentos ferroviários e apoiou a obra de penetração de Rondon,encarregado, em 1907,de ligar por telégrafo à capital da república.Criou também o serviço geológico e mineralógico,para pesquisa e aproveitamento das riquezas minerais do país.Sempre deu mais atenção a política e essa foi uma das razões da garve crise causada por sua secessão, geradora da famosa campanha civilista. Afonso Pena morreu no ápice da crise, em 14 de junho em 1909, após rápida enfermidade,no palácio do Catete, no Rio de Janeiro.
  • Fonte: www.e-biografias.net

domingo, 9 de agosto de 2009

PLANTA DA CIDADE DE BELLO HORISONTE

Como chefe da comissão de construção da nova capital, Aarão Reis desenhou a planimetria da nova cidade.Todo o planejamento de planimetria, arquitetura, e construção foi feito por ele nos anos entre 1894 e 1897. Depois do planejamento e construção, ele se mudou para,Belo Horizonte tendo morado em uma casa no local onde hoje é o Parque Municipal de Belo Horizonte. O plano do engenheiro para a criação de BH consistia na definição de uma avenida (a Avenida do Contôrno) para delimitar a futura área urbana da cidade, e fazer com que ela fosse construída apenas dentro de tal avenida, conforme seu projeto para as ruas, avenidas e bairros. Devido ao grande crescimento econômico que mais tarde ocorreria na região de Belo Horizonte, este projeto de delimitação da área urbana no interior da avenida se tornou inviável e a cidade cresceu em meio as montanhas, muito além do limite original. A região de Belo Horizonte que se localiza no interior de tal avenida é hoje o, já que Belo Horizonte cresceu muito além do previsto. Aarão Reis já foi homenageado de diversas formas na cidade de Belo Horizonte, dentre elas a criação da a Avenida Aarão Reis.

Projetada pelo engenheiro Aarão Reis entre 1894 e 1897, Belo Horizonte foi a primeira cidade brasileira moderna planejada. Elementos chaves do seu traçado incluem uma malha perpendicular de ruas cortadas por avenidas em diagonal, quarteirões de dimensões regulares, visadas privilegiadas e uma avenida em torno de seu perímetro, a Avenida do Contorno. Outro aspecto interessante do projeto original é a abundância de parques e praças, com um grande parque municipal na área central.

Trecho do relatório escrito por Aarão Reis, engenheiro-chefe da Comissão Construtora da Nova Capital, sobre a planta definitiva de Belo Horizonte, aprovada pelo Decreto nº 817 de 15 de abril de 1895:

"Foi organizada, a planta geral da futura cidade dispondo-se na parte central, no local do atual arraial, a área urbana, de 8.815.382 m², dividida em quarteirões de 120 m x 120 m pelas ruas, largas e bem orientadas, que se cruzam em ângulos retos, e por algumas avenidas que as cortam em ângulos de 45º. Às ruas fiz dar a largura de 20 metros, necessária para a conveniente arborização, a livre circulação dos veículos, o trafego dos carros e trabalhos da colocação e reparações das canalizações subterrâneas. Às avenidas fixei a largura de 35 metros, suficiente para dar-lhes a beleza e o conforto que deverão, de futuro, proporcionar à população (...)"

sábado, 8 de agosto de 2009

AARÃO LEAL DE CARVALHO REIS


  • Selo comemorativo.
Aarão Leal de Carvalho Reis (Belém PA 1853 - Rio de Janeiro RJ 1936). Engenheiro geógrafo, engenheiro civil, professor, político, urbanista. Torna-se engenheiro geógrafo em 1872, bacharel em ciências físicas e matemáticas e engenheiro civil em 1874, na Escola Politécnica do Rio de Janeiro. Nos primeiros vinte anos de sua carreira, atua nas áreas de transporte, saneamento, energia e construção civil, como diretor das obras civis e hidráulicas do Ministério da Marinha, entre 1886 e 1889; engenheiro de obras civis e hidráulicas da Estrada de Ferro de Pernambuco, em 1889, e da Secretaria de Estado da Agricultura, Indústria, Viação e Obras Públicas, em 1890; engenheiro-chefe dos serviços de eletricidade da Estrada de Ferro D. Pedro II, entre 1881 e 1885, e da Estrada de Ferro da Tijuca, em 1891; e engenheiro-arquiteto nos projetos da Escola Naval, em 1887, e da Escola de Aprendizes de Marinheiros, em 1887, no Rio de Janeiro, ambas não construídas.

Trabalha também como consultor técnico no Ministério da Agricultura, entre 1889 e 1891, e no das Relações Exteriores. Preside a Comissão Geral de Melhoramentos do Maranhão, de 1891 a 1892, quando é convidado entre 1892 e 1894 pelo presidente do Estado de Minas Gerais, Afonso Augusto Moreira Pena (1847 - 1909), a dirigir a Comissão d'Estudo das Localidades Indicadas para a Nova Capital, e depois conduzir a Comissão Construtora da Nova Capital, 1894/1895. Em virtude de sua postura técnica e centralizadora, pouco afeita a concessões políticas, pede exoneração do cargo em maio de 1895. A partir desse momento dedica-se, sobretudo, ao serviço público, como diretor dos Correios da República, 1895, do Banco do Brasil, 1895/1897, e da Estrada de Ferro Central do Brasil, 1906/1910, como inspetor-geral de obras contra a seca, 1913/1918, e consultor do ministro de Viação e Obras Públicas, 1918; à iniciativa privada, como diretor da Empresa Industrial Serra do Mar, 1899/1906; e à política. Após uma tentativa frustrada de ser senador pelo Estado do Maranhão, em 1896, e de assumir como suplente a cadeira de deputado pelo Estado do Pará, em 1911, Reis elege-se nas legislaturas de 1927-1929 e 1929-1931, e perde o mandato com a Revolução de 1930.

É professor desde 1869, no Colégio Perseverança, no Rio de Janeiro, de propriedade de seu pai; e no curso técnico da Escola Politécnica, entre 1905 e 1914; depois torna-se responsável pela cadeira de economia política, finanças, direito constitucional e administrativo e estatística, de 1914 a 1925. Publica manuais, relatórios, pareceres técnicos e livros, destacando-se os artigos sobre educação no jornal O Globo, reunidos no livro A Instrução Superior no Império, 1875, e os dedicados à comissão de construção de Belo Horizonte, divulgados entre 1893 e 1895.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

  • Avenida Afonso Pena e ao fundo a Serra do Curral anos 20.
  • Fonte: Arquivo Público Mineiro
  • Foto: Coleção particular de José Góes

  • Avenida Afonso Pena e ao fundo a Serra do Curral atualmente.

  • Paredão da Serra do Curral vista do Bairro Mangabeiras,cartão postal de Belo Horizonte,corresponde a uma parte da Serra do Curral.
  • Foto: skyscrapercity.com

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

ANTIGO CURRAL DE EL-REY

  • A fotografia mostra um trecho da Rua Marechal Deodoro,posicionada aproximadamente como a atual Avenida Afonso Pena.Ve-se a parte posterior da Matriz da Boa Viagem,e ao fundo a Serra do Curral.

    Em 1718 o povoado de Curral de El-Rey foi elevado a freguesia e ao fim do século XIX,próximo à sua destruição, era conhecido como "Bello Horisonte". Era ainda um distrito da cidade de Sabará
    e tinha uma população de aproximadamente 2.650 pessoas. Em 1893, depois de desapropriar e demolir todo o arraial, o engenheiro Aarão Reis construiu ali a primeira cidade projetada do Brasil.Influenciado pelos ideais positivistas da época,ele planejou erguer uma cidade semelhante a Washington e Paris, com avenidas largas, ruas simétricas e arborizadas, bulevares, praças ,jardins e um moderno sistema de transporte. Inicialmente recebeu o nome de "Cidade de Minas", foi inaugurada às pressas, em 12 de dezembro de 1897,
    para cumprir o prazo mínimo exigido para a transferência do governo. Os primeiros moradores encontraram um lugar em obras, com prédios ainda a contruir e muita poeira. Até que em 1901 , quatro anos após a sua inauguração, passou a ser denominada de Belo Horizonte,como fora o antigo arraial. Nesta mesma época, começou a expansão industrial, que impulsionou também o comércio e a prestação de serviços. Ao longo do século XX, a capital cresceu muito mais do que o esperado e ultrapassou os limites do planejamento inicial traçado dentro dos limites da avenida do Contôrno.
    Belo Horizonte é a quinta cidade mais populosa do Brasil, com 2,412 milhões de habitantes. A renda per capita é de US$ 2.293.A região metropolitana compreende 33 municípios,que somam mais de 6,3 milhões de pessoas.

    Fonte: Arquivo Público Mineiro - Foto: José Góes

segunda-feira, 27 de julho de 2009

  • Avenida Afonso Pena e Praça Sete de Setembro (1900).



  • Comissão Construtora da Capital Mineira,no campo de obras.

  • Bandeira de Belo Horizonte.

Fotos: Arquivo Público Mineiro

MUSEU ABÍLIO BARRETO

Instalado em antigo casarão colonial (Fazenda do Leitão) de 1883, único remanescente do arraial do Curral de El-Rey,primeiramente recebeu o nome de "Museu Histórico de Belo Horizonte",foi inaugurado em 1943, mas a idealização do museu começou bem antes, em 1935, quando o seu primeiro diretor, o jornalista Abílio Barreto, iniciou as pesquisas. Foi só em 1968, que o museu passou a ter a denominação atual, em homenagem a seu idealizador e primeiro diretor. O museu guarda um valioso acervo referente à histórica Belo Horizonte, composto por pinacoteca, mobiliário, esculturas, arte sacra, peças decorativas, documentos, material fotográfico e iconográfico. A maquete do antigo Curral de El-Rey fica neste museu.

Localizado à Rua Bernardo Mascarenhas, s/n - Cidade Jardim.
Horário: terça-feira a dom. de 10h às 17 e área externa de terça-feira a dom. de 7h às 19h.
Tel.: 3296.3896

Fonte: Arquivo Público Mineiro - Foto: Arquivo de Fotografias do Museu Abílio Barreto
  • Fazenda do Leitão no início do século XX.
  • Fazenda do Leitão e casa dos escravos.
A Fazenda do “Leitão” , hoje museu histórico Abílio Barreto, pertenceu a Rita Maria e
Cândido Lucio da Silveira. Ali, em outra construção nasceram seus cinco filhos, a saber,
Francisco Cândido da Silveira casado com Maria de Matos Silveira avó do Jornalista Britaldo Silveira Soares, Joaquim Francisco Silveira casado com Maria Carvalho Silveira, Cândida Silveira Diniz casada com José André da Silva Diniz, Maria Silveira Matos casada com João de Deus Matos e José Cândido da Silveira casado com Anna de Carvalho Silveira.
Sua sede, ainda hoje existente, não era muito grande, mas possuía, ao lado, casa para escravos, que não eram muitos, como Nicolau, Generosa e Felicíssima, que continuaram na fazenda após a abolição.Possuía nos morros cafezais e a plantação de cana se fazia, principalmente, nos terrenos onde se localiza o clube “Minas Tênis Clube”.
A plantação de mandioca se fazia, em maior escala, nos terrenos onde se localiza a Assembléia Legislativa; possuía os tradicionais engenhos de “cana de açúcar”, a “farinha de mandioca”, de “pilão”, “moinho de fubá” e os produtos da fazenda eram transportados em tropas, conduzidas pelo capataz Manoel Cândido, para Sabará, Ouro Preto e Rio de Janeiro.
As terras da fazenda abrangiam os terrenos onde se localizam a Cidade Jardim, o bairro Santo Antônio, Lourdes e parte do Bairro Santo Agostinho.
Após a desapropriação da fazenda, para a construção da cidade, a família se transferiu para a fazenda “Retiro Sagrado Coração de Jesus”, de sua propriedade; em seus terrenos localizam-se hoje o Bairro da Graça, Cidade Ozanam, Cidade Nova e Silveira. Em sua sede ainda existente reside a família de Afrânio de Carvalho Silveira, filho de José Cândido da Silveira que era filho
de Cândido Lúcio da Silveira.

Ao deixar a fazenda do Leitão, Cândido Lúcio pós à disposição da Comissão Construtora os
carros de bois para transportarem, a mudança de pessoas que, alegando falta de transporte, recusavam-se a desocupar suas casas, o que vinha atrasar o serviço da Comissão.

Fonte: www.silveirando.com - Fotos: Museu Histórico Abílio Barreto

domingo, 26 de julho de 2009

MATRIZ DA BOA VIAGEM

Praça da Matriz de Boa Viagem,centro do Arraial,como se apresentava em 1844
Sobre a impressão que naquele ano tinha lhe causado uma visita ao lugarejo,escreveu o arquiteto Alfredo Caramati:

"Ao cabo de quatro horas de viagem (...) divisamos a povoação de Belo Horizonte, incrustada numa mata verde-negra e densíssima dentre a qual emergiam os campanários da igreja, construída nas primitivas simplicidades da arquitetura. Mas a viagem começa a apresentar uma feição absolutamente diferente. Enveredamos por uma rua extensíssima, muito larga, muito parecida com alguns caminhos de certas povoações da África Ocidental. Umas casas muito humildes com aparências de cubatas e, nos intervalos das casas, longos muros de barro vermelho, assombreados por árvores frutíferas. Mas tudo aquilo muito limpo, muito alinhado e sempre da mesma forma e com o mesmo encanto se chega a Belo Horizonte; um belo horizonte na realidade!"

JOÃO LEITE DA SILVA ORTIZ

Atraído pelas riquezas das Minas Gerais,metais e pedras preciosas,chegou à Serra de Congonhas (atual Serra do Curral),
o bandeirante João Leite da Silva Ortiz sendo o primeiro habitante, fundando a Fazenda do Cercado em 1701 no início do séc. XII.Fixando-se numa região,rica em belas paisagens com terra boa para a agricultura.

O nome Curral de El-Rey (freguesia da Comarca de Sabará) originou-se devido à um curral
onde reuniam-se viajantes que ali passavam conduzindo o gado da Bahia em direção às minas,
pagar as taxas ao rei. Nesta época, a utilização da mão-de-obra
de escravos era muito grande. Suas atividades foram atraindo outros povoadores, e a região
foi se expandindo e consolidando-se enquanto povoado. Logo começaram a surgir algumas
cafuas e, entre elas, ergueu-se a capela dedicada a Nossa Senhora da Boa Viagem,onde os viajantes paravam para pedir benção e proteção para as longas jornadas ainda a se cumprir.
Ficou sendo assim Nossa Senhora da Boa Viagem a padroeira e protetora dos viajantes que passavam pelo Curral de El-Rey, e mais tarde da cidade de Belo Horizonte.Pouco a
pouco o pequeno arraial se formou,apoiado na agricultura e no transito constante de tropeiros.
A Freguesia Eclesiástica do Curral de El-Rey foi confirmada por Ordem Régia em 1750.