sábado, 8 de agosto de 2009

AARÃO LEAL DE CARVALHO REIS


  • Selo comemorativo.
Aarão Leal de Carvalho Reis (Belém PA 1853 - Rio de Janeiro RJ 1936). Engenheiro geógrafo, engenheiro civil, professor, político, urbanista. Torna-se engenheiro geógrafo em 1872, bacharel em ciências físicas e matemáticas e engenheiro civil em 1874, na Escola Politécnica do Rio de Janeiro. Nos primeiros vinte anos de sua carreira, atua nas áreas de transporte, saneamento, energia e construção civil, como diretor das obras civis e hidráulicas do Ministério da Marinha, entre 1886 e 1889; engenheiro de obras civis e hidráulicas da Estrada de Ferro de Pernambuco, em 1889, e da Secretaria de Estado da Agricultura, Indústria, Viação e Obras Públicas, em 1890; engenheiro-chefe dos serviços de eletricidade da Estrada de Ferro D. Pedro II, entre 1881 e 1885, e da Estrada de Ferro da Tijuca, em 1891; e engenheiro-arquiteto nos projetos da Escola Naval, em 1887, e da Escola de Aprendizes de Marinheiros, em 1887, no Rio de Janeiro, ambas não construídas.

Trabalha também como consultor técnico no Ministério da Agricultura, entre 1889 e 1891, e no das Relações Exteriores. Preside a Comissão Geral de Melhoramentos do Maranhão, de 1891 a 1892, quando é convidado entre 1892 e 1894 pelo presidente do Estado de Minas Gerais, Afonso Augusto Moreira Pena (1847 - 1909), a dirigir a Comissão d'Estudo das Localidades Indicadas para a Nova Capital, e depois conduzir a Comissão Construtora da Nova Capital, 1894/1895. Em virtude de sua postura técnica e centralizadora, pouco afeita a concessões políticas, pede exoneração do cargo em maio de 1895. A partir desse momento dedica-se, sobretudo, ao serviço público, como diretor dos Correios da República, 1895, do Banco do Brasil, 1895/1897, e da Estrada de Ferro Central do Brasil, 1906/1910, como inspetor-geral de obras contra a seca, 1913/1918, e consultor do ministro de Viação e Obras Públicas, 1918; à iniciativa privada, como diretor da Empresa Industrial Serra do Mar, 1899/1906; e à política. Após uma tentativa frustrada de ser senador pelo Estado do Maranhão, em 1896, e de assumir como suplente a cadeira de deputado pelo Estado do Pará, em 1911, Reis elege-se nas legislaturas de 1927-1929 e 1929-1931, e perde o mandato com a Revolução de 1930.

É professor desde 1869, no Colégio Perseverança, no Rio de Janeiro, de propriedade de seu pai; e no curso técnico da Escola Politécnica, entre 1905 e 1914; depois torna-se responsável pela cadeira de economia política, finanças, direito constitucional e administrativo e estatística, de 1914 a 1925. Publica manuais, relatórios, pareceres técnicos e livros, destacando-se os artigos sobre educação no jornal O Globo, reunidos no livro A Instrução Superior no Império, 1875, e os dedicados à comissão de construção de Belo Horizonte, divulgados entre 1893 e 1895.

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