segunda-feira, 27 de julho de 2009

  • Avenida Afonso Pena e Praça Sete de Setembro (1900).



  • Comissão Construtora da Capital Mineira,no campo de obras.

  • Bandeira de Belo Horizonte.

Fotos: Arquivo Público Mineiro

MUSEU ABÍLIO BARRETO

Instalado em antigo casarão colonial (Fazenda do Leitão) de 1883, único remanescente do arraial do Curral de El-Rey,primeiramente recebeu o nome de "Museu Histórico de Belo Horizonte",foi inaugurado em 1943, mas a idealização do museu começou bem antes, em 1935, quando o seu primeiro diretor, o jornalista Abílio Barreto, iniciou as pesquisas. Foi só em 1968, que o museu passou a ter a denominação atual, em homenagem a seu idealizador e primeiro diretor. O museu guarda um valioso acervo referente à histórica Belo Horizonte, composto por pinacoteca, mobiliário, esculturas, arte sacra, peças decorativas, documentos, material fotográfico e iconográfico. A maquete do antigo Curral de El-Rey fica neste museu.

Localizado à Rua Bernardo Mascarenhas, s/n - Cidade Jardim.
Horário: terça-feira a dom. de 10h às 17 e área externa de terça-feira a dom. de 7h às 19h.
Tel.: 3296.3896

Fonte: Arquivo Público Mineiro - Foto: Arquivo de Fotografias do Museu Abílio Barreto
  • Fazenda do Leitão no início do século XX.
  • Fazenda do Leitão e casa dos escravos.
A Fazenda do “Leitão” , hoje museu histórico Abílio Barreto, pertenceu a Rita Maria e
Cândido Lucio da Silveira. Ali, em outra construção nasceram seus cinco filhos, a saber,
Francisco Cândido da Silveira casado com Maria de Matos Silveira avó do Jornalista Britaldo Silveira Soares, Joaquim Francisco Silveira casado com Maria Carvalho Silveira, Cândida Silveira Diniz casada com José André da Silva Diniz, Maria Silveira Matos casada com João de Deus Matos e José Cândido da Silveira casado com Anna de Carvalho Silveira.
Sua sede, ainda hoje existente, não era muito grande, mas possuía, ao lado, casa para escravos, que não eram muitos, como Nicolau, Generosa e Felicíssima, que continuaram na fazenda após a abolição.Possuía nos morros cafezais e a plantação de cana se fazia, principalmente, nos terrenos onde se localiza o clube “Minas Tênis Clube”.
A plantação de mandioca se fazia, em maior escala, nos terrenos onde se localiza a Assembléia Legislativa; possuía os tradicionais engenhos de “cana de açúcar”, a “farinha de mandioca”, de “pilão”, “moinho de fubá” e os produtos da fazenda eram transportados em tropas, conduzidas pelo capataz Manoel Cândido, para Sabará, Ouro Preto e Rio de Janeiro.
As terras da fazenda abrangiam os terrenos onde se localizam a Cidade Jardim, o bairro Santo Antônio, Lourdes e parte do Bairro Santo Agostinho.
Após a desapropriação da fazenda, para a construção da cidade, a família se transferiu para a fazenda “Retiro Sagrado Coração de Jesus”, de sua propriedade; em seus terrenos localizam-se hoje o Bairro da Graça, Cidade Ozanam, Cidade Nova e Silveira. Em sua sede ainda existente reside a família de Afrânio de Carvalho Silveira, filho de José Cândido da Silveira que era filho
de Cândido Lúcio da Silveira.

Ao deixar a fazenda do Leitão, Cândido Lúcio pós à disposição da Comissão Construtora os
carros de bois para transportarem, a mudança de pessoas que, alegando falta de transporte, recusavam-se a desocupar suas casas, o que vinha atrasar o serviço da Comissão.

Fonte: www.silveirando.com - Fotos: Museu Histórico Abílio Barreto

domingo, 26 de julho de 2009

MATRIZ DA BOA VIAGEM

Praça da Matriz de Boa Viagem,centro do Arraial,como se apresentava em 1844
Sobre a impressão que naquele ano tinha lhe causado uma visita ao lugarejo,escreveu o arquiteto Alfredo Caramati:

"Ao cabo de quatro horas de viagem (...) divisamos a povoação de Belo Horizonte, incrustada numa mata verde-negra e densíssima dentre a qual emergiam os campanários da igreja, construída nas primitivas simplicidades da arquitetura. Mas a viagem começa a apresentar uma feição absolutamente diferente. Enveredamos por uma rua extensíssima, muito larga, muito parecida com alguns caminhos de certas povoações da África Ocidental. Umas casas muito humildes com aparências de cubatas e, nos intervalos das casas, longos muros de barro vermelho, assombreados por árvores frutíferas. Mas tudo aquilo muito limpo, muito alinhado e sempre da mesma forma e com o mesmo encanto se chega a Belo Horizonte; um belo horizonte na realidade!"

JOÃO LEITE DA SILVA ORTIZ

Atraído pelas riquezas das Minas Gerais,metais e pedras preciosas,chegou à Serra de Congonhas (atual Serra do Curral),
o bandeirante João Leite da Silva Ortiz sendo o primeiro habitante, fundando a Fazenda do Cercado em 1701 no início do séc. XII.Fixando-se numa região,rica em belas paisagens com terra boa para a agricultura.

O nome Curral de El-Rey (freguesia da Comarca de Sabará) originou-se devido à um curral
onde reuniam-se viajantes que ali passavam conduzindo o gado da Bahia em direção às minas,
pagar as taxas ao rei. Nesta época, a utilização da mão-de-obra
de escravos era muito grande. Suas atividades foram atraindo outros povoadores, e a região
foi se expandindo e consolidando-se enquanto povoado. Logo começaram a surgir algumas
cafuas e, entre elas, ergueu-se a capela dedicada a Nossa Senhora da Boa Viagem,onde os viajantes paravam para pedir benção e proteção para as longas jornadas ainda a se cumprir.
Ficou sendo assim Nossa Senhora da Boa Viagem a padroeira e protetora dos viajantes que passavam pelo Curral de El-Rey, e mais tarde da cidade de Belo Horizonte.Pouco a
pouco o pequeno arraial se formou,apoiado na agricultura e no transito constante de tropeiros.
A Freguesia Eclesiástica do Curral de El-Rey foi confirmada por Ordem Régia em 1750.